Eduardo Gonçalves pesquisou um modo de economizar a energia usada no abastecimento de água. E teve êxito: seu TCC lhe rendeu nota 10
Recém-formado em Engenharia Elétrica, Eduardo Gonçalves da Silva, 33 anos, passou um ano e meio debruçado sobre o seu trabalho de conclusão de curso, estudando um modo de economizar a energia elétrica no processo de abastecimento de água. Esse sistema vem consumindo muita energia porque suas estruturas estão antigas e ineficientes para a demanda atual.
Para promover uma economia nos horários de pico (entre 17 horas e 20 horas), o aluno – orientado pelo professor Paulo Carlos Ferreira dos Santos, com coorientação do professor Rodrigo da Silva Viana – desenvolveu um sistema que regula a utilização das bombas que captam água das represas e a transportam até os tanques elevatórios das empresas de abastecimento. Ele criou um programa que monitora a variação de consumo de água a partir de um sensor hidroestático. Dependendo dessa variação, o software ativa – ou desativa – as bombas que puxam a água, que muitas vezes são acionadas sem necessidade.

O computador monitora o programa, que envia as informações para a placa e controla a variação do consumo de água;

O painel frontal, que abriga a placa eletrônica, fornece a informação para que o software controle as bombas;

O tanque simula uma estação elevatória e seu funcionamento, que é monitorado pelo sistema projetado pelo aluno.
“O grande diferencial desse projeto foi o desenvolvimento de um software com controle bastante preciso e didático, usando uma placa eletrônica de baixo custo”, afirma o professor Rodrigo. E completa: “Esse protótipo tem grande potencial de uso. Poderia ser implementado em larga escala e comercializado”.
Seu trabalho recebeu nota 10 e, agora, Eduardo se prepara para um novo desafio: fazer mestrado e, um dia, se tornar professor. “Vou levar boas recordações da FAAP. Aprendi muito aqui.”
RAIO X
Os pilares do projeto de Eduardo preveem:
• substituição de bombas de baixa eficiência por bombas modernas com objetivo de aumentar o rendimento;
• adequar a potência utilizada pelas bombas, o que colabora para a diminuição do consumo de energia;
• desenvolvimento de um sistema de controle que evite o acionamento desnecessário das bombas no horário de pico, o que acontece regularmente.